terça-feira, junho 19, 2007

Mar

Hoje deixei em grande estado de nervos alguém com quem já trabalhei.
Nunca estivemos juntos naquele barco, apesar de na altura eu empenhar-me com tudo o que tinha na tentativa de conduzi-lo.
E conduzi-o bem, era um timoneiro credenciado e reconhecido (se bem que mais a posteriori, quando souberam que eu os iria deixar - na altura nunca me convidaram para Comandante).
É, fui para outros barcos, mas os nossos caminhos irão sempre se cruzar. Espero que nunca na batalha, mas sim em trocas e negociações. As convergências, raras, jamais serão profundas.
Quero, no entanto, partilhar convosco a aflição que me dá quando nos cruzamos e quase colidimos. Mas a maior de todos os costrangimentos é ver este alguém, conversar com ele e fingir que não sei quais os caminhos que ele pretende percorrer e qual a maneira de condução do barco.
E é ainda mais aflitivo pensar que o caminho não é o correcto, mas saber que o timoneiro já tem um mapa delineado e que nada pode fazer quanto a isso.
Coitado dele.

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